Com duração de dois anos, a especialização em Cardiologia, no Brasil, visa não apenas treinar o médico residente para prevenir e tratar doenças cardiovasculares, mas também desenvolver nele senso de responsabilidade e independência para desempenhar a especialidade. Conforme o programa do curso, presente no site do Ministério da Educação (MEC), é esperado que o profissional aprenda na teoria e prática (sob supervisão), sempre com um enfoque humanístico e social.
Conteúdo teórico e prático da pós-graduação em Cardiologia
No treinamento prático supervisionado, o aluno atuará em unidades de internação, unidades ambulatoriais e unidades de atendimento crítico (emergência e terapia intensiva), e ainda aprenderá métodos diagnósticos e terapêuticos invasivos e não invasivos. Já a parte teórica compreende de 10% a 20% da carga horária total do programa e se dá por meio de aulas, seminários, reuniões científicas, discussões de artigos e sessões de discussão de métodos complementares.
Primeiro ano da especialização em Cardiologia
Ao final do primeiro ano de pós-graduação, é recomendado que o médico cardiologista em formação seja capaz de realizar o exame físico, geral e específico, bem como formular e avaliar hipóteses diagnósticas de doença cardiovascular; fazer o manejo terapêutico das síndromes e doenças cardiovasculares mais prevalentes; e estratificar a gravidade dessas doenças, indicando se o(a) paciente precisa de internação, atendimento de emergência, etc.
Mais competências exigidas ao término do primeiro ano da residência médica:
- Dominar o atendimento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica, incluindo avaliação de causas secundárias;
- Atuar na prevenção e promoção em saúde cardiovascular, com foco especial na saúde da família;
- Dominar a monitorização dinâmica dos níveis pressóricos (MAPA);
- Interpretar eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico simples e cardiopulmonar básico, monitorização dinâmica do ECG de 24h (Holter), monitorização prolongada e teste de inclinação (Tilt test);
- Dominar o atendimento de pacientes com síndromes coronarianas agudas e crônicas.
Conclusão da residência médica
Já no segundo e último ano de especialização, a expectativa é que o médico lide com cenários ainda mais sensíveis, tendo que atender pacientes com insuficiência cardíaca, miocardiopatias, arritmias cardíacas, portadores de dispositivos implantáveis de estimulação cardíaca artificial e que já passaram por transplante cardíaco. Inclusive, o profissional deve saber fazer manobras de ressuscitação cardiopulmonar nos casos de pacientes críticos e em emergência cardiológica.
Outras habilidades desenvolvidas no período final do pós-graduação:
- Conhecer indicações de cirurgia cardíaca, e saber reconhecer e lidar com eventuais complicações;
- Dominar o atendimento de pacientes com síncope e morte súbita;
- Ter noções avançadas sobre o manejo do paciente cardíaco crítico em ambiente de pronto-socorro, UTI cardiovascular e pós-operatório de cirurgia cardíaca;
- Dominar as especificidades do atendimento ao atleta portador de cardiopatia;
- Dominar o atendimento de pacientes com doença cardíaca congênita.
Residência médica em Cardiologia pode seguir com sub-especializações
Terminada a residência em Cardiologia, o médico cardiologista recém-formado pode optar por seguir fazendo pós-graduação dentro da mesma área, por meio de sub-especializações que abordam temas mais específicos. Os cursos de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e de Cardio-oncologia são exemplos importantes nesse sentido.
Conheça a BS School of Biomedicine
É importante ressaltar, ainda, que a especialização em Cardiologia, no Brasil, pode ser feita também por médicos estrangeiros. Basta apresentar um diploma comprovando a graduação em Medicina em outro país, sem a necessidade de certificações mais complicadas, como o Revalida ou o Celpe-Bras. Sendo assim, se você é médico estrangeiro e deseja se especializar em Cardiologia no Brasil, conheça a BS School of Biomedicine!
A instituição oferece programas internacionais de pós-graduação e especialização nas mais variadas áreas da Medicina, com cursos que funcionam no formato de residência médica e seguem a legislação brasileira. Com a parceria de universidades nacionais, os cursos também são cadastrados e aprovados no Ministério da Educação (MEC), o que te permite fazer a validação do diploma em seu país de origem.
Além disso, você recebe um CRM provisório de médico no Brasil, pois os cursos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CRM/RJ). Dessa forma, é possível atuar em todas as práticas do projeto, nos hospitais em que os cursos estão vinculados.
Por fim, vale destacar que as aulas são presenciais e a metodologia utilizada é a “hands on”, que estimula a aprender fazendo (mais de 80% do conteúdo é de prática).
Fonte: Ministério da Educação