
O curso de pós-graduação em Gastroenterologia Pediátrica forma médicos especialistas no estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento das principais doenças que afetam o sistema digestivo em crianças e adolescentes, abrangendo, mais precisamente, todos os órgãos do trato gastrointestinal infantil (estômago, intestinos grosso e delgado, pâncreas, fígado, dentre outros). O gastroenterologista pediatra trata quadros como refluxo gastroesofágico, doença celíaca, constipação crônica e obstrução intestinal, cujos principais sintomas são vômitos, náuseas, diarreias, constipação, distensão abdominal, gases e cólicas.
Gastroenterologia Pediátrica é uma extensão da pós-graduação em Pediatria
A especialização em Gastroenterologia Pediátrica é considerada uma extensão da Pediatria, então quem deseja atuar na área precisa ter concluído esta residência médica (além, é claro, da graduação em Medicina). O curso tem duração de dois anos e busca desenvolver profissionais que contribuam para promoção da longevidade saudável e com qualidade de vida, auxiliando os pacientes também na parte nutricional/alimentar, visando seu reestabelecimento pleno, assim como a redução do tempo de internação e da morbimortalidade hospitalar.
Início da residência médica
No primeiro ano da residência médica, os pediatras em especialização desenvolvem desde conhecimentos e capacidades bastante específicas, como a anamnese e o exame físico gastroenterológico, hepatológico e nutricional dos pacientes, e a avaliação bioquímica e a formulação de hipóteses diagnósticas, até competências mais genéricas, como registrar as informações adequadamente, respeitando o paciente e sua família nos mais variados ambientes clínicos (ambulatórios, enfermarias, serviços de pronto-atendimento, dentre outros).
Mais temas abordados no primeiro ano da pós-graduação em Gastroenterologia Pediátrica:
- Dominar as orientações sobre aleitamento materno;
- Planejar e apresentar casos clínicos, trabalhos científicos, revisão de literatura e outras atividades teóricas;
- Dominar o atendimento do paciente e a solicitação e interpretação de exames complementares, além do tratamento para as afecções gastroenterológicas, hepatobiliares e pancreáticas mais prevalentes;
- Compor equipe com médicos especialistas e profissionais não médicos para atendimento do paciente com necessidades hepatobiliares e do tubo digestório;
- Dominar a indicação e realização de procedimentos de vias alternativas de alimentação (sondas e gastrostomia ou passagem de cateteres centrais e outros).
Segundo ano (R2) da especialização em Gastroenterologia Pediátrica
Já no segundo e último ano do curso, são cobradas dos médicos gastroenterologistas pediatras em formação atividades mais desafiadoras, como atender e cuidar de pacientes oncológicos – incluindo prevenção da caquexia (perda de peso grave muito associada ao câncer), da obesidade e dos distúrbios nutricionais; dominar as indicações, contraindicações e atendimento do pré e pós-transplante de fígado; e lidar com o atendimento da falência intestinal (hospitalar e ambulatorial).
Outras competências exigidas no segundo ano da especialização médica:
- Dominar a orientação nutricional do pré e do pós-operatório de transplante de órgãos sólidos;
- Compreender a imunossupressão pós-transplante de fígado e de intestino;
- Dominar o procedimento de acesso venoso central;
- Compor equipe multiprofissional com nutrólogo, nutrição, enfermagem, serviço social, terapias intensivas neonatal, medicina intensiva pediátrica e outros;
- Produzir pelo menos um trabalho científico e apresentá-lo em congresso médico, publicá-lo em uma revista científica ou apresentá-lo publicamente em forma de monografia.
Conheça a BS School of Biomedicine
Se você é médico estrangeiro e deseja se especializar em Gastroenterologia Pediátrica ou em outras pós-graduações médicas no Brasil, vale a pena conhecer a BS School of Biomedicine, instituição de ensino que oferece programas internacionais de pós-graduação e especialização nas mais variadas áreas da Medicina.
Os cursos que funcionam no formato de residência médica, seguem a legislação brasileira, contam com parceria de universidades nacionais e são cadastrados e aprovados no Ministério da Educação (MEC). Portanto, permitem fazer a validação do diploma no país de origem de cada estudante.
Os alunos recebem, ainda, um CRM provisório de médico para atuar no Brasil, já que os cursos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CRM/RJ). Dessa forma, é possível fazer todas as práticas do projeto nos hospitais em que os cursos estão vinculados.
Não há necessidade de certificações exclusivas mais complicadas, como o Revalida ou o Celpe-Bras. Basta apresentar o diploma oficial de graduação em Medicina obtido no país em que você se formou.
Por fim, vale ressaltar que as aulas são presenciais e que a metodologia utilizada é a “hands on”, que estimula a aprender fazendo, a “botar a mão na massa”. Não por acaso, mais de 80% do conteúdo dos cursos é composto por atividades práticas.
Fonte: Ministério da Educação