A residência em Cirurgia Plástica deve ser feita por profissionais formados em Medicina que tenham especialização prévia em Cirurgia Geral. Portanto, pode ser entendida como uma extensão específica desta outra pós-graduação. No geral, o curso de Cirurgia Plástica tem 36 meses (três anos) e dá ao médico em especialização todas as ferramentas necessárias para dominar as técnicas dos principais procedimentos cirúrgicos que remodelam estética e estruturalmente diversas partes do corpo humano.
Metas específicas da residência em Cirurgia Plástica
Dentre os objetivos específicos do curso, vale destacar o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de tomar decisões na cirurgia plástica; o domínio da avaliação pré-cirúrgica do paciente, visando reduzir o risco operatório; identificação e tratamento de complicações intra e pós-operatórias; integração do médico em equipes multidisciplinares; e produção de um artigo científico que deverá ser apresentado em congresso médico ou publicado.
Primeiro ano da pós-graduação
No início da especialização em Cirurgia Plástica, é muito importante que o cirurgião plástico em formação aprenda a analisar e avaliar com cuidado e atenção as condições clínicas do paciente antes do ato cirúrgico, para, assim, decidir pela melhor estratégia a ser adotada. Além disso, os estudantes se envolvem diretamente em cirurgias de pequeno porte e como auxiliares em cirurgias de médio e grande porte, sempre sob supervisão dos preceptores.
Competências exigidas ao fim do ano 1 do curso:
- Compreender e analisar as causas de infecção cirúrgica, instituindo prevenção e tratamento;
- Avaliar o diagnóstico e a terapêutica de queimaduras, desde as mais simples às mais complexas;
- Dominar o diagnóstico e a indicação terapêutica das bases da cirurgia oncológica da pele, com ênfase nas áreas da cabeça, pescoço e mama;
- Ter entendimento sobre as cirurgias da região nasal (funcional e reconstrutora) e as deformidades congênitas ou adquiridas, sabendo instituir a terapêutica pertinente.
Ano 2 da residência médica
No ano seguinte, os estudantes de Cirurgia Plástica passam a fazer a avaliação pré-cirúrgica e o planejamento operatório para cirurgias de médio e grande porte, assim como começam a realizar cirurgias de médio porte e algumas de grande porte também. Nestas, eles também atuam como auxiliares, sempre sob supervisão dos preceptores. Aqui, já é esperado que os alunos demonstrem segurança na condução da cirurgia, conforme os princípios da boa prática.
Mais temas abordados no segundo ano da especialização:
- Avaliar, diagnosticar e tratar as complicações cirúrgicas intra e pós-operatórias;
- Compreender as bases da embriologia e Genética Médica aplicadas à Cirurgia Plástica;
- Avaliar o diagnóstico e terapêutica das cirurgias funcionais e de reconstrução da mama, deformidades congênitas ou adquiridas e cirurgias tumorais;
- Dominar a indicação de re-intervenção nas intercorrências do pós-operatório e instituir a terapêutica adequada.
Final do curso de Cirurgia Plástica
O último ano da residência em Cirurgia Plástica exige dos estudantes fazer a avaliação pré-cirúrgica e o planejamento operatório das cirurgias de médio e grande porte, assim como realizar as cirurgias destes níveis de complexidade. Também é esperado que, nesta altura do curso, o médico consiga ajudar na formação e ensino dos residentes de segundo e primeiro ano (sob supervisão do preceptor), demonstre compromisso com sua formação teórica, prática e científica e produza um artigo científico como conclusão.
Outros tópicos cobrados no terceiro e último ano da pós-graduação:
- Avaliar e tratar as complicações da cirurgia plástica;
- Dominar a técnica operatória das cirurgias estéticas da face (ritidoplastia facial, blefaroplastia, rinoplastia; calvície e métodos de correção cirúrgica, orelha de abano, dentre outras);
- Dominar a técnica das cirurgias estéticas da mama (mamoplastia redutora, mamoplastia de aumento com ou sem prótese, ginecomastia, correção cirúrgica da assimetria mamária, dentre outras);
- Dominar a técnica das cirurgias estéticas da parede abdominal (abdominoplastia, lipoabdominoplastia, reconstrução da parede abdominal após deformidade congênitas ou adquiridas, reconstrução do umbigo, lipoaspiração, dentre outras).
Conheça a BS School of Biomedicine
Caso você seja médico estrangeiro e queira fazer pós-graduação no Brasil, seja em Cirurgia Plástica ou em outra especialidade, vale a pena conhecer a BS School of Biomedicine, instituição de ensino que oferece programas internacionais de pós-graduação e especialização nas mais variadas áreas da Medicina.
Os cursos funcionam no formato de residência médica, seguem a legislação brasileira, contam com parceria de universidades nacionais e são cadastrados e aprovados no Ministério da Educação (MEC). Portanto, dá para fazer a validação do diploma em seu país de origem.
Você recebe, ainda, um CRM provisório de médico para atuar no Brasil, já que os cursos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CRM/RJ). Dessa forma, é possível fazer todas as práticas do projeto nos hospitais em que os cursos estão vinculados.
Não há necessidade de certificações exclusivas mais complicadas, como o Revalida ou o Celpe-Bras. Basta apresentar o diploma oficial de graduação em Medicina no seu país de origem.
Por fim, vale ressaltar que as aulas são presenciais e que a metodologia utilizada é a “hands on”, que estimula a aprender fazendo (mais de 80% do conteúdo é de prática).
Fonte: Ministério da Educação