Jovens médicos praticando na residência em Cirurgia Geral

A residência em Cirurgia Geral tem duração de três anos e é fundamental para os médicos que desejam se especializar em qualquer tipo de cirurgia. Antes de migrar para uma pós-graduação em Cirurgia Plástica ou Cirurgia Bariátrica, por exemplo, o profissional precisa passar pela cirurgia geral. Por isso, a cirurgia geral é considerada um pré-requisito para qualquer sub-especialidade cirúrgica. No Brasil, o curso pode ser feito tanto por médicos formados no país, quanto no exterior.

Objetivos da residência em Cirurgia Geral

Além de treinar e se capacitar para realizar o diagnóstico e o tratamento cirúrgico, o cirurgião geral em formação deve aprender, durante o curso, a analisar as opções não operatórias e a desenvolver um pensamento crítico e reflexivo em relação à literatura médica. Outro objetivo da pós-graduação é tornar o profissional apto a executar os procedimentos cirúrgicos de forma independente e segura em cada ano de treinamento.

Primeiro ano da pós-graduação 

No primeiro ano da residência médica, o cirurgião em especialização tem contato com uma série de temas e já precisa desenvolver diversas competências. Ao final deste ano, é esperado, por exemplo, que ele já seja capaz de demonstrar conhecimentos e analisar as doenças agudas prevalentes nas emergências, bem como os diagnósticos diferenciais relacionados às bases da cirurgia torácica, cirurgia vascular, urologia, coloproctologia e cirurgia geral. 

Outros pontos de destaque abordados no ano um da especialização:

  • Aplicar o conhecimento no atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva e na emergência) e politraumatizados (ATLS – Suporte Avançado de Vida no Trauma);
  • Realizar o preparo do paciente no pré-operatório, a prescrição do pré e do pós-operatório e o acompanhamento do paciente na internação até alta hospitalar;
  • Manusear o equipamento para cirurgias videolaparoscópicas: a unidade de imagem (monitor, microcâmera e processadora de imagens), o insuflador (pressões de insuflação), fonte de luz e outros;
  • Aplicar os conhecimentos na indicação e interpretação de exames de imagem com e sem contraste;
  • Analisar a realização de acessos venosos em Pediatria.

Segundo ano da especialização médica  

O segundo ano da residência em Cirurgia Geral, por sua vez, é marcado, naturalmente, por um nível de exigência maior e condizente com um estágio mais avançado da pós-graduação, tanto que é esperado que o médico já consiga tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, demonstrando controle emocional, equilíbrio, os conhecimentos adquiridos até então e liderança, tudo no sentido de minimizar eventuais complicações.

Mais temas abordados durante o segundo ano (R2):

  • Avaliar a adequação de abordagem cirúrgica ou não cirúrgica para cada paciente, e apresentar as razões para a indicação ou contraindicação;
  • Demonstrar as habilidades práticas sobre os princípios da videocirurgia, incluindo as tarefas mais simples da cirurgia com acesso minimamente invasivo (posicionamento do paciente na mesa operatória, sistemas de imagem e de insuflação de gases, etc.);
  • Compreender a biologia dos tumores e aplicar o conhecimento nas bases da oncologia clínica e cirúrgica;
  • Aplicar o conhecimento sobre a anatomia cirúrgica do aparelho digestório;
  • Avaliar as indicações, contraindicações e as complicações dos procedimentos recomendados ao paciente.

Conclusão da residência em Cirurgia Geral

Ao fim do terceiro e último ano do curso, o cirurgião geral recém-formado deve estar apto, por exemplo, a realizar os procedimentos operatórios de maior complexidade, o que é natural e esperado nesta altura da especialização. Também é esperado que o profissional termine o curso exercendo liderança no trabalho em equipe, mas sabendo dividir a responsabilidade dos cuidados dos pacientes com os demais integrantes da equipe e valorizando o papel de cada um. 

Competências que também são desenvolvidas no ano final do curso: 

  • Supervisionar e orientar estudantes de anos inferiores (R2 e R1), internos e todos que estejam envolvidos no atendimento aos pacientes, sob sua responsabilidade;
  • Analisar aspectos gerais dos transplantes hepático, pancreático, intestinal, renal e pulmonar (tipos, indicações, sistemas de classificação de gravidade, acompanhamento pós-operatório, complicações, etc.);
  • Avaliar aspectos gerais da obesidade mórbida, transtornos metabólicos, tratamento, complicações e técnicas operatórias utilizadas;
  • Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com controle emocional e equilíbrio, mantendo consciência de suas limitações;
  • Manter constante processo de aprendizagem, buscando melhorar sua expertise e sempre prestar atendimento de qualidade

Conheça a BS School of Biomedicine

Nos casos dos médicos estrangeiros que desejam fazer a especialização em Cirurgia Geral no Brasil, vale a pena conhecer a BS School of Biomedicine. A instituição oferece programas internacionais de pós-graduação e especialização nas mais variadas áreas da Medicina, com cursos que funcionam no formato de residência médica, seguem a legislação brasileira e contam com parceria de universidades nacionais.

Além disso, os cursos são cadastrados e aprovados no Ministério da Educação (MEC), o que te permite fazer a validação do diploma em seu país de origem. Você recebe, ainda, um CRM provisório de médico para atuar no Brasil, tendo em vista que os cursos são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CRM/RJ). Assim, é possível fazer todas as práticas do projeto, nos hospitais em que os cursos estão vinculados.

Não há necessidade de certificações mais complicadas, como o Revalida ou o Celpe-Bras. Basta apresentar um diploma comprovando a graduação em Medicina em seu país de origem para ter acesso ao curso. Vale ressaltar, por fim, que as aulas são presenciais e que a metodologia utilizada é a “hands on”, que estimula a aprender fazendo (mais de 80% do conteúdo é de prática).

Fonte: Ministério da Educação