Jovem médico em especialização em urologia atendendo paciente em consultório

Com duração média de três anos, o curso de pós-graduação em Urologia no Brasil permite que médicos formados se tornem aptos a cuidar do trato urinário em homens e mulheres, assim como do sistema reprodutor masculino, não apenas no âmbito clínico, mas também no cirúrgico. Dentre os objetivos gerais do programa de residência em Urologia divulgado pelo Ministério da Saúde (MEC), vale destacar a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos da especialidade e o desenvolvimento de pensamento crítico-reflexivo quanto à literatura médica, capaz de tornar o aluno cada vez mais responsável e independente.

Objetivos específicos da residência em urologia

Já os objetivos específicos da residência médica em Urologia dão conta de uma série de temas, que vão do básico ao complexo. O domínio das técnicas diagnósticas, laboratoriais, radiológicas e de cirurgia urológica, com grau de complexidade crescente ao longo dos três anos de curso, é um dos principais pontos específicos a serem desenvolvidos. Além disso, é esperado que o médico residente treine e se qualifique nas seguintes áreas da urologia:

  • Andrologia;
  • Doenças Sexualmente Transmissíveis;
  • Endourologia e Laparoscopia;
  • Imagem em Urologia;
  • Biópsias Dirigidas;
  • Litíase e Litotripsia;
  • Transplante Renal;
  • Urologia Feminina;
  • Urologia Geral;
  • Uroneurologia e Urodinâmica;
  • Oncologia Urológica;
  • Urologia Pediátrica. 

Desenvolvimento dos fundamentos da urologia marcam o primeiro ano da pós-graduação

No primeiro ano de curso, o médico residente entra em contato com conteúdos variados, na teoria e prática, seguindo uma abordagem, no geral, mais básica, justamente por ser uma introdução. Neste momento, é essencial a construção dos fundamentos da urologia. Contudo, o programa já propõe, neste início, a realização de atividades mais complexas, como manuseio de instrumentos cirúrgicos e de diferentes tipos de cateteres, como sondas vesicais, nefrostomias e cateteres ureterais. 

Veja, a seguir, outros tópicos comuns ao primeiro ano da pós-graduação em Urologia:

  • Analisar a base dos fundamentos da urologia;
  • Formular hipóteses para diagnósticos diferenciais em urologia;
  • Avaliar o diagnóstico e a indicação terapêutica referentes às doenças sexualmente transmissíveis;
  • Desenvolver competências com habilidades técnicas para realização de cirurgias de pequeno e médio porte;
  • Auxiliar cirurgias de médio e grande porte do programa básico de urologia sob supervisão;
  • Dominar o manuseio do equipamento para cirurgias videolaparoscópicas;

Segundo ano exige realizar atividades de complexidade média

Naturalmente, o segundo ano da pós-graduação em Urologia é marcado por atividades com nível de exigência ainda maior; o grau de complexidade tende a ser médio, no geral. É esperado, nesta etapa do curso, por exemplo, que o médico em especialização demonstre conhecimento e segurança na condução da cirurgia, assim como colabore nas atividades clínicas de rotina, como anamnese e exame clínico (em ambulatório, enfermarias e nas avaliações externas e de urgência). 

Confira, abaixo, mais competências esperadas ao final do segundo ano da residência em Urologia:

  • Estimar e realizar a avaliação pré-cirúrgica e o planejamento operatório para cirurgias de médio e grande porte;
  • Manejar o diagnóstico e tratamento da incontinência urinária feminina e masculina;
  • Demonstrar habilidades técnicas para realização de cirurgias de médio porte e auxiliar cirurgia de grande porte do Programa Básico de Urologia, sob supervisão;
  • Realizar procedimentos endourológicos de média complexidade;
  • Dominar as bases da videolaparoscopia, tendo conhecimento das vantagens e desvantagens da cirurgia minimamente invasiva;
  • Ser capaz de realizar exames endoscópicos de alta complexidade e dominar estudos urodinâmicos.

Conclusão da residência em Urologia

Já no terceiro e último ano de residência, o aluno deve finalizar o desenvolvimento do domínio de etapas mais sofisticadas do ofício do urologista. Nesse sentido, realizar cirurgias de médio e grande porte e procedimentos endourológicos de alta complexidade são exemplos importantes. Também é esperado que o médico termine a especialização com boa capacidade de exercer papel de liderança dentro da equipe e de contribuir na formação de médicos de primeiro e segundo ano do mesmo curso.

Conheça outras habilidades necessárias no terceiro ano da especialização em urologia:

  • Fazer avaliação pré-cirúrgica e planejamento operatório de cirurgias de médio e grande porte;
  • Avaliar o diagnóstico e tratamento de condições urológicas infantis;
  • Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com controle emocional e equilíbrio;
  • Compreender as bases da cirurgia robótica assistida, levando em conta as suas particularidades, indicações e riscos;
  • Dominar a técnica dos exames endoscópicos de alta complexidade;
  • Ter conhecimento pleno sobre os princípios do transplante e da captação renal.

Médicos formados no exterior podem se especializar em Urologia no Brasil

É importante destacar que a especialização em urologia no Brasil pode ser feita não apenas por médicos formados no país, mas também por profissionais graduados em medicina em instituições de ensino do exterior (sejam eles estrangeiros ou não). Não é necessário ter aprovação em exames específicos, como o Revalida ou o Celpe-Bras, para cursar a pós-graduação. Basta comprovar, por meio de documentos oficiais, a posse de um diploma em Medicina.   

Conheça a BS School of Biomedicine

Se você é médico estrangeiro e quer se especializar em urologia no Brasil, vale a pena conhecer a BS School of Biomedicine. A instituição oferece programas internacionais de pós-graduação e especialização nas mais variadas áreas, no formato de residência médica. Todos os cursos seguem a legislação brasileira e são desenvolvidos em parceria com universidades nacionais, cadastrados e aprovados no Ministério da Educação (MEC). Sendo assim, você consegue fazer a validação do diploma em seu país de origem, ao se graduar.

Além disso, os cursos da BS School of Biomedicine te garantem um CRM provisório de médico no Brasil, visto que são reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CRM/RJ). Dessa forma, você pode atuar nos hospitais em que os cursos estão vinculados, com todas as práticas do projeto garantidas. Vale ressaltar, ainda, que as aulas são presenciais e os cursos seguem a metodologia “hands on”, que estimula o aprendizado do médico na prática (mais de 80% do conteúdo é de prática).

Fonte: Ministério da Saúde